"O que Lénin e Trotsky não atingiram com o fim de conduzir as forças que dormitam no bolchevismo para a vitória final, será obtido através da política mundial da Europa e América." - Rosenberg 1930

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

bairro de milão a ferro e fogo

 Bairro de Milão teme clima de ódio racial

Dezenas de imigrantes do Norte de África provocaram, na madrugada de ontem, distúrbios nas ruas de um bairro multiétnico de Milão, em Itália, em protesto pelo assassínio de um jovem egípcio, de 19 anos, informaram as autoridades italianas.

Os distúrbios começaram ao final do dia, depois de Hamed Mamoud El Fayed Adou, um egípcio de 19 anos, ter sido morto, segundo a polícia, por um grupo de imigrantes sul-americanos. Uma centena de jovens de origem magrebina, segundo os meios de comunicação social italianos, partiram montras de lojas de imigrantes sul-americanos e queimaram um automóvel.

"Há um clima de ódio racial, que receio possa aumentar nos próximos dias", disse um proprietário de um café do bairro do noroeste de Milão, onde vivem e trabalham muitos imigrantes, principalmente da Colômbia, Peru, Bolívia e outros países da América Latina, citado pelo site do "El Mundo". Cerca de 70% dos estabelecimentos da área são propriedade de imigrantes.

Durante a noite, a polícia italiana identificou mais de 30 pessoas que estiveram envolvidas nos distúrbios, a maioria das quais egípcias. As autoridades continuam à procura dos imigrantes sul-americanos que terão morto o jovem egípcio, depois de uma discussão que começou num autocarro da cidade.

O próprio chefe da polícia de Milão, Riccardo De Corato, classificou aquela área de "faroeste" de gangs magrebinos e sul-americanos. Foi já o segundo episódio de violência envolvendo imigrantes ocorrido este ano, depois dos confrontos verificados no Sul do país, em Janeiro, terem originado as mais violentas lutas raciais de que há memória, desde a Segunda Guerra Mundial.

O ministro italiano do Interior, Roberto Maroni, anunciou recentemente a introdução de um sistema de pontos nas autorizações de residência dos imigrantes que vivem em Itália. De acordo com este projecto, os imigrantes perdem pontos caso cometam delitos.

A Liga do Norte, partido anti-imigração da coligação de centro-direita do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, aproveitou para defender que todos imigrantes que sejam responsáveis por actos violentos sejam expulsos do país.

Já os partidos da Oposição aproveitaram também os incidentes para lembrar que as políticas de integração e segurança da coligação de centro-direita, - que governa também região e a cidade de Milão -, falharam em toda a linha. "Devem aceitar o facto que a sua política de integração falhou", disse Pierluigi Bersani, líder do Partido Democrático, o maior partido da Oposição.


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